Acabou...
Os sites esportivos divulgam que
Ronaldo Gaúcho, o camisa 10 do Flamengo, entrou na Justiça, cobrando dívidas do
clube rubro-negro, ficando, assim , desimpedido para aceitar qualquer proposta
de outro clube.
Coube ao jogador pôr fim a uma relação completamente
desgastada, que se arrastou durante dois anos, sem que ele justificasse o alto
salário, e sem que a presidente (sic) Patricia Amorim fizesse valer sua
autoridade para que o jogador se enquadrasse em normas mínimas de
profissionalismo.
O
Flamengo comprou uma marca, e , baseado nessa aquisição, planejava alavancar seu
departamento de marketing, visando auferir lucros com a venda da imagem do
atleta. O jogador Ronaldo, já se sabia, há muito não merecia investimentos, pois
sua performance dentro de campo nem de longe se aproximava do que fora um
dia.
Esqueceram-se os investidores que uma marca se faz
com credibilidade, acima de tudo. No caso de um atleta de ponta , tal
credibilidade advém de seus resultados. E seu comportamento fora do seu local de
trabalho. Maurren Maggi, Cielo, Neymar, estão aí para comprovar a tese. Imagem é
tudo.
E
como ¨vender¨ a marca Ronaldinho, se o desempenho nunca passou do mediano e a
imagem teimava em ser auto-arranhada com postura diametralmente oposta a todos
os compêndios de propaganda e marketing publicados e/ou colocados em prática
?
Um clube da grandeza do Flamengo, uma marca com a
força que tem o rubro-negro ficou simplesmente quase dois anos sem um
patrocinador master na camisa , pois seu ¨carro-chefe¨, o craque maior, não
despertou interesse de investidores, temerosos em atrelar suas empresas a um
produto que se auto-destruía a cada aparição pública ou atuação patética dentro
de campo, como jogador de futebol.
Sem
patrocínio, sem dinheiro , sem condições de cumprir os pesados compromissos
financeiros com aquele que deveria, através de seu desempenho, captar tais
recursos. Uma equação simples de montar, mas complexa ao extremo de se colocar
em prática.
Vai-se Ronaldo Gaúcho, chegam as
dívidas cobradas na Justiça pelo jogador.
O fim
da relação partiu dele, Ronaldo, que cobra o que acha que merece receber. A
diretoria, incompetente até para formalizar esse fim, agora tem que provar que
os valores são absurdos ( mais de 40 milhões de indenização) e começar exaustiva
pendenga judicial, que, mais uma vez, deve sangrar os já combalidos cofres da
institução.
Termina assim, melancolicamente, a passagem do
atleta pela Gávea. Sem saudades, sem lembranças significativas, sem lamentos,
até com alívio de grande parte da Nação.
Que
fique a lição. Nada, nem ninguém deve ser colocado acima do clube, da grandeza e
da História que a instituição construiu ao longo dos anos, com títulos,
derrotas, conquistas, alegrias, tristezas, lágrimas, suor, entrega. Nada é maior
que o Clube de Regatas do Flamengo, como essa diretoria imaginou durante a
permanência desse jogador no clube.
Nessa estória toda, só houve um
perdedor. O Clube de Regatas Flamengo.
Que
fique a lição.