Brasileirão em andamento, quarta rodada, e
vemos, nas últimas posições, o atual campeão brasileiro, Corinthians, e
Palmeiras, clubes tradicionais que não costumam povoar tais lugares nas
tabelas. E na companhia do Santos, primeira equipe após a zona de
rebaixamento.
Lógico, o campeonato está em seu início, e
os clubes que fazem campanhas atípicas voltam, no momento, suas atenções para
torneios paralelos, não menos importantes. Mas compensa dar prioridade a um em
detrimento de outro ?
O Corinthians e o Palmeiras , por exemplo,
têm somente UM ponto em oito disputados, com a agravente de não ter, ainda,
qualquer vitória em suas trajetórias, enquanto o líder, Vasco, distantes onze
pontos à frente, já computa quatro, tendo vencido todo os jogos até aqui. E o
número de vitórias é o primeiro critério de desempate.
A título de curiosidade, o campeão do ano
passado, Corinthians, acumulou setenta e um pontos ao longo das trinta e oito
rodadas, o que o obrigaria, atualmente, a obter 70% dos pontos que ainda estarão
em disputa. Vai ter que vencer 62% dos próximos jogos. E só pode perder mais
seis. Em trinta e quatro jogos. Complicou...
Situação parecida vivem Santos e Palmeiras.
Com o agravante de que o time palestrino tem jogado com seu time principal, sem
priorizar a Copa do Brasil . Como melhorar?
A partir desta quarta, Santos e Corinthians
começam a guerra da semifinal da Libertadores. E só um vai seguir adiante. Como
herança maldita, restará ao perdedor concentrar forças para recuperar os pontos
perdidos pelos times reservas utilizados até aqui. Tarefa de Hércules. Ou de Tom
Cruise, o homem das ¨Missões Impossíveis¨.
A pergunta que se faz é: vale a pena
priorizar competição? Não seria um risco muito alto, haja vista o prejuízo
técnico e financeiro que a disputa deixada em segundo plano acarreta? Colocar
todas as fichas em um só objetivo não é muito temerário?
Com a palavra o
torcedor...