O ano era 1993. Exatamente em novembro, o Sport Recife alçava à equipe principal seu jogador mais promissor dos juniores : Juninho.
Estreando contra o Fluminense, viveria nos dois anos seguintes uma fase esplendorosa, junto à ¨geração de ouro ¨ do clube, comandado do banco de reservas por Givanildo Oliveira, conquistando na época a Copa do Nordeste e o Estadual de 1994.Por conta de suas atuações, foi convocado para a Seleção sub-20, conquistando o Torneio de Toulon, em 1994.
As atuações de seu companheiro de ataque Leonardo levaram o Vasco a investir no jogador. Juninho foi incluído na transação como ¨contrapeso ¨, e seguiu para o Rio, ignorando a condição de coadjuvante e disposto a se firmar no futebol carioca.
Assim que chegou, incorporou o ¨Pernambucano ¨ao nome e, entre 1995 e 2001,transformou-se no maior jogador do Vasco da Gama, superando, para muitos, a simpatia no coração da torcida por atletas como Romário e Edmundo.
Foi figura importante de grandes jornadas, participando nas conquistas de títulos e protagonista de jogadas que o colocaram na galeria de grandes jogadores que envergaram o uniforme com a Cruz de Malta.
Entre os títulos do Vasco na época em que esteve defendendo o clube, destacam-se o da Copa Mercosul de 2000, após a inesquecível vitória por 4 X 3 sobre o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, conhecida com ¨a virada do século ¨( talvez a maior vitória do time em toda a sua história, pela forma com que foi conseguida, após estar perdendo por 3 X 0 ao término da primeira etapa) , o da Copa João Havelange do mesmo ano, que valeu como título brasileiro, e , claro, o da Libertadores de 1999.
Esse último título foi conquistado após um feito de Juninho na semifinal, contra o River Plate, da Argentina, que o colocou definitivamente na galeria de ídolos do Vasco da Gama. Marcou, de falta, o gol de empate ( 1 X 1 ) que levou o time à final do torneio.
Em setembro de 1999 tornou-se também o primeiro jogador de História do futebol a jogar duas partidas no mesmo dia, em países diferentes. Jogou pela seleção contra a Argentina, em Porto Alegre, na vitória brasileira por 4 X 2, embarcando em seguida para Montevidéu, a tempo de enfrentar o Nacional do Uruguai, onde o Vasco perdeu por 3 X 0.
Disputou oito temporadas pelo clube, elevando o nível do time, conquistando vários títulos e aumentando a participação do clube francês em Copas Europeias.
Entre 1999 e 2006, serviu à Seleção brasileira em quarenta oportunidades, marcando seis gols. Viu ser realizado o sonho de qualquer atleta , ao disputar a Copa de 2006, na Ásia, sendo um dos poucos jogadores poupados das críticas pela derrota até hoje mal digerida.
Juninho atualmente joga no Al-Garafa, do Catar, e continua conquistando títulos, com o clube e individualmente, escolhido como um dos melhores a cada ano.
É o atual sonho de consumo da direção vascaína, com propostas para encerrar a carreira e assumir algum cargo fora das quatro linhas no clube que elegeu como sendo o de seu coração.
Juninho Pernambucano, o jogador que conseguiu marcar posição no coração da torcida do Clube de Regatas Vasco da Gama, colocando-se ao lado de craques que marcaram o nome na História do Clube da Cruz de Malta.
Esse post é dedicado a meu irmão e um dos meus maiores incentivadores : JOSÉ ABDALA PEREIRA.