A imprensa esportiva noticiou neste sábado que ¨cartolas do Flamengo articulam a fundação de uma Liga Nacional de Clubes¨, já para entrar em atividade no próximo mês de abril.
Essa Liga teria como um dos objetivos elaborar o calendário da temporada de 2012, entre outras coisas, e, no momento, busca apoio de todos os clubes que fecharam ou estão para fechar contrato com a nefasta Rede Globo.
Fosse em outro cenário, tal notícia seria digna de comemoração. Evidenciaria um esforço do clube em prol da união de coirmãos, visando a um objetivo, digno de aplausos, de tentar colocar ordem no caos instalado.
Acontece que, dentro da nota do jornal que divulgou o fato, consta, entre vírgulas, a citação : ¨com o apoio da CBF ¨. Pronto... tudo o que foi pensado de positivo ao ler a nota se transforma em grande indignação. Simplesmente, como se dá a entender, Patrícia Amorim, ou seus prepostos, agem , pelo que se compreende, COM O APOIO, OU, EM CONJUNTO, COM A CBF.
Amigos, nada que venha dessa entidade pode resultar em benefício para o futebol. Basta que esse senhor que comanda os rumos daquela instituição se junte a qualquer iniciativa para que tal empreitada se revista de interesse e promiscuidade. Ricardo Teixeira, o coveiro-mor do nosso futebol, é um câncer que debilita intermitentemente a paixão dos brasileiros, e os dirigentes que a ele se ombreiam são metástases que apodrecem as estruturas dos clubes os quais dirigem.
Patrícia Amorim, a mandatária do Flamengo, tem mais acertado que errado na direção do Mais Querido. Iniciou sua gestão de modo claudicante, se omitiu no ¨caso Zico¨ , optou por se aliar ao tal do ¨capitão¨ invasor do espaço alheio das cativas do Engenhão e, com isso, deu motivo a questionamentos à época. Reverteu o jogo ao conduzir com discrição e tino administrativo a negociação de Ronaldinho Gaúcho e agora se destacou no caso da camisa do Obama, portando-se com original desembaraço para alcançar seu objetivo.
Conseguiu, com tão pouca estrada¨, o que velhas ¨raposas¨ do dia a dia da Gávea tentaram durante anos, o reconhecimento do título de 87 e a consequente conquista definitiva da ¨Taça das Bolinhas¨. Mas, como já esperado, a conta chegou...
Ricardo Teixeira, o câncer, o ¨gênio ¨ que inventou o novo esporte, futebol sem público, não mexe suas peças no tabuleiro da sordidez em vão. Lembrem - se que ele, antes de reconhecer o título do Flamengo, havia dado, um pouco antes, ordem para que se entregasse a taça no Morumbi. Boa vontade para com o desafeto ? Não , jogada de recuo dos peões. Logo depois, reconhece o título do rubro-negro e lança Flamengo e São Paulo ao ringue. E os dois se digladiam até hoje.
Patrícia, como Chapeuzinho Vermelho, caiu na lábia do Lobo Mau do futebol, e agora, inocentemente, se enreda nos fios que prendem seus braços às varetas colocadas acima de sua cabeça. Sem perceber, é manipulada qual marionete, usada como ¨boi -de piranha¨ para se opor ao Clube dos Treze, e, jogada às feras pelos seus ¨leais ¨ subalternos, engole a isca.
Enquanto isso, nós, os rubro-negros que se opõem a todo esse estado de coisas do panorama atual do triste futebol brasileiro, temos que assistir a uma união da nossa presidente com Ricardo e seus asseclas. Engolir a aliança do nosso glorioso clube com esse tal de Andrés Sanchez, sempre atravessando o nosso caminho como um gato preto de maus agouros ( vide os casos fenomenal e imperial ).
Presidente, se tivermos que seguir pelas mesmas vielas e sarjetas que essas figuras, convém pensar bastante se vale realmente a pena ter reconhecido pela inidônea CBF nosso título de 1987. Esse reconhecimento já foi feito por toda a mídia esportiva do Brasil e do Mundo. Para ficar em tão má companhia, é melhor abrir mão dessa conquista burocrática.
Esperamos que o bom senso ilumine seus passos. Observe que há certos ditos populares que estão em uso porque refletem fielmente a realidade. ¨Dize-me com quem andas e te direi quem és ¨ . Lembra ?.
Sugiro uma leitura infantil. Dali podemos tirar vários ensinamentos. Faça dos Irmãos Grimm seus escritores preferidos. E que, como na fábula, o Chapeuzinho Vermelho possa ludibriar o Lobo Mau.