Bem vindos! Estamos abrindo mais esse canal com os amigos para debatermos assuntos relativos ao esporte mais popular do país.



Aproveitamos o espaço cedido pelo Lance! em sua página de interação com os leitores, e montamos um blog de esportes (Hexalegitimo), visando à troca de opiniões e o cultivo de amizades, objetivo comum a todos aqueles que procuram fazer do futebol veículo de confraternização.



Buscando atingir um extrato maior de amigos, colocamos à disposição essa página, desejando que as visitas possam se sentir à vontade para debater, opinar, discordar, criticar e colaborar com novas ideias, pois é esse o motivo que nos levou à confecção do blog.



Nossas opiniões também podem ser lidas no Blog do Kimura ( http://www.flablog.com.br ), todas as quartas-feiras, e, como dissemos, no Lanceactivo (www.lanceactivo.com.br/hexalegitimo) sempre que o tempo permite e as ideias fluem.



Estejam à vontade, aproveitem o espaço. Ele é seu. E não deixem de comentar os assuntos abordados. Precisamos de suas opiniões para melhorar e consolidar nossas ideias.



Obrigado.











domingo, 26 de maio de 2013

INCOMPETÊNCIA OU DESCASO?

Cena emblemática no Pacaembu, na abertura do Campeonato Brasileiro versão 2013. Fim de jogo, Seedorf e Alexandre Pato, dois ex-jogadores do Milan, saindo de campo abraçados.




A cena me fez refletir, após o excelente jogo proporcionado pelas duas equipes: o nosso futebol atingiu um nível de investimento que nos permite, hoje, ver dois atletas do quilate de ambos desfilando sua técnica aqui, entre nós ( e em um nível que Pato espera no banco sua titularidade confirmar o investimento feito).





Esse mesmo futebol que nos causa náuseas ao receber na cara vários atestados de incompetência de quem deveria geri-lo de maneira mais profissional. 




Atingimos o patamar de ver Fred, R10, Neymar, por mais tempo que em outras épocas, Forlán, Vargas,  Zé Roberto (o eterno Zé), Alex, dentro de campo, qualificando nosso cartão-de-visitas, o mal valorizado campeonato Brasileiro, enquanto fora, paradoxalmente, vemos diariamente os jornais trazerem péssimas notícias sobre os desmandos dos amadores.





A tabela do campeonato traz nos locais dos jogos, em  sua maioria, a expressãol A DEFINIR, atestando o descaso com a organização e com a programação do torcedor, já prejudicado com horários fora de lógica dos jogos.




Nesta sexta, véspera da abertura, o Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte, teve  a parte das arquibancadas destinadas aos visitantes  interditada. Os sãopaulinos não poderão ver a estreia de seu time e aqueles que compraram ingresso terão o dinheiro devolvido.BAGUNÇA!




O Brasileirão começa sem pompa. A falta de inteligência (ou descaso?) dos marqueteiros perdeu a grande oportunidade de aproveitar o jogo entre os dois campeões dos principais estaduais, paulista e carioca, para fazer uma grande festa . Corinthians X Botafogo, como jogo principal, domingo à tarde, com entrega de faixas, daria ao campeonato uma abertura digna de sua grandeza. INCOMPETÊNCIA!




Os estádios da Copa atestam a falta de zelo com o produto futebol. Os eventos-teste têm sido o dedo na ferida das falhas dessas sumidades da asnice. 




O Mineirão foi apresentado ao grande público sem água nas torneiras, lanchonetes fechadas, filas imensas, acessibilidade sofrível, com grandes engarrafamentos. DESCASO!



A Arena Penambuco não apresentava tomadas na sala de imprensa, obrigando os profissionais da notícia a usar os banheiros para preparar as matérias sobre o jogo de abertura. BURRICE!




O Estádio Nacional de Brasília, o maior elefante branco tupiniquim, terá Santos X Flamengo. Vendido por 800 mil pelo Santos, o evento proporcionará SETE milhóes de renda. Nenhuma das federações envolvidas sabe informar sobre a transação. CORRUPÇÃO!




Nesse estádio, venderam os lugares destinados à imprensa para torcedores, e terão que remanejar os compradores. Aparelhos de segurança ( detectores de metal e raios-X) estão sendo instalados até a hora do jogo, e serão manuseados por leigos. As credenciais da imprensa demoraram horas a ser entregues e o amadorismo dos responsáveis causou espanto. Os carros particulares terão disponibilizados estacionamento a TRÊS quilômetros do estádio.SURREAL!



O ingresso mais barato custa 160 reais. E devem esgotar até a hora do jogo. Tempo médio de espera nas filas:CINCO horas. Imagine se bem administrado...




Esse o retrato do nosso futebol, em que a torcida palmeirense tem que desembolsar SESSENTA reais para ver seu time na saga da Segundona. Futebol, ópio do abastado povo.



O dinheiro que sustenta o futebol nunca foi tão farto. O nível dentro de campo aumenta, apesar da mesmice dos técnicos. Mas fora, nos bastidores, a cabeça tacanha de nossos dirigentes não nos deixa evoluir. 




Até quando?

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CONTRARIANDO A MATEMÁTICA


Essa semana alguns jornais repercutiram uma frase atribuída a Abel Braga, às vésperas do primeiro confronto, em casa, das quartas-de-final da Copa Libertadores, contra o Olimpia do Paraguai. Versejou o técnico: ¨nesse jogo, é melhor empatar de 0X0 que ganhar de 2X1¨.



Sim, Abel Braga, o técnico de um dos maiores e mais caros elencos do futebol brasileiro, com várias e variadas opções, vai para o jogo em casa, contra um time paraguaio, preferindo empatar que ganhar. Triste futebol brasileiro.




Sim, amigos, e ainda tem analista sem entender a 19ª colocação do nosso futebol no ranking da FIFA ( e em quinto na América do Sul) . Alegam a falta de critério na análise dos vovôs. Mas, certo ou errado, o peso é o mesmo para todos os países. E hoje estamos, aos olhos do mundo, fazendo papel de coadjuvante.



O futebol evolui, as táticas e opções de montagem dos times dentro do quadrado verde sofrem variações constantes, vemos equipes praticando um futebol bonito de se ver, as copas europeias mostram novas seleções e clubes surpreendendo com o padrão de jogo... E nós aqui no mesmo marasmo.




A quantas andam nossos ¨ professores ¨ ? O que temos visto de novidade no País do Futebol (?!?!).



O último Campeonato Brasileiro teve como campeão o Fluminense de Abel Braga, o homem que desvirtuou a matemática.



Novidade? Um esquema em que o contra-ataque era a arma principal, tendo como válvula de escape o jovem Welington Nem. O craque do time? O goleiro, Diego Cavalieri. A torcida do Flu passou a competição toda sofrendo tremendos sustos até o final.




Luxemburgo, o homem de CINCO conquistas de Brasileirão, teve seu momento principal em 2003, com o Cruzeiro, e como último título relevante o de 2004, com o Santos. Nos últimos anos não conseguiu transformar em sucesso seus conceitos acadêmicos proferidos em frases empoladas com a língua presa que lhe caracteriza. Parou no tempo.




Muricy, campeão da Libertadores em 2011 e da Recopa no ano passado, vem sendo duramente criticado pela torcida e especialistas. Seu estilo turrão e ignorante já não se sustenta com conquistas, o que tornava a falta-de-educação o charme de seu trabalho. Sem Neymar, teria conquistado a América recentemente? Dúvida.  Alguma novidade tática? Sem dúvida: NÂO!




Felipão ganhou a Copa do Brasil ano passado e, ao mesmo tempo, rebaixou o Palmeiras. Um elenco limitado minou seu trabalho, é fato. Mas não é nessas horas que o técnico tem que sobressair? O alto custo desses medalhões deveria prever campanhas dignas com elencos menos qualificados. 




Agora a Família Scolari vestirá verde-e-amarelo, e, com discurso ufanista, tentará mostrar algo de novo com uma comissão técnica com ideias do século passado.




Felipão...Muricy...Abel Braga... Luxemburgo...



Brasil, 19º no ranking da FIFA.




Precisa explicar?

CONTRARIANDO A MATEMÁTICA



Essa semana alguns jornais repercutiram uma frase atribuída a Abel Braga, às vésperas do primeiro confronto, em casa, das quartas-de-final da Copa Libertadores, contra o Olimpia do Paraguai. Versejou o técnico: ¨nesse jogo, é melhor empatar de 0X0 que ganhar de 2X1¨.



Sim, Abel Braga, o técnico de um dos maiores e mais caros elencos do futebol brasileiro, com várias e variadas opções, vai para o jogo em casa, contra um time paraguaio, preferindo empatar que ganhar. Triste futebol brasileiro.




Sim, amigos, e ainda tem analista sem entender a 19ª colocação do nosso futebol no ranking da FIFA ( e em quinto na América do Sul) . Alegam a falta de critério na análise dos vovôs. Mas, certo ou errado, o peso é o mesmo para todos os países. E hoje estamos, aos olhos do mundo, fazendo papel de coadjuvante.



O futebol evolui, as táticas e opções de montagem dos times dentro do quadrado verde sofrem variações constantes, vemos equipes praticando um futebol bonito de se ver, as copas europeias mostram novas seleções e clubes surpreendendo com o padrão de jogo... E nós aqui no mesmo marasmo.




A quantas andam nossos ¨ professores ¨ ? O que temos visto de novidade no País do Futebol (?!?!).



O último Campeonato Brasileiro teve como campeão o Fluminense de Abel Braga, o homem que desvirtuou a matemática.



Novidade? Um esquema em que o contra-ataque era a arma principal, tendo como válvula de escape o jovem Welington Nem. O craque do time? O goleiro, Diego Cavalieri. A torcida do Flu passou a competição toda sofrendo tremendos sustos até o final.




Luxemburgo, o homem de CINCO conquistas de Brasileirão, teve seu momento principal em 2003, com o Cruzeiro, e como último título relevante o de 2004, com o Santos. Nos últimos anos não conseguiu transformar em sucesso seus conceitos acadêmicos proferidos em frases empoladas com a língua presa que lhe caracteriza. Parou no tempo.




Muricy, campeão da Libertadores em 2011 e da Recopa no ano passado, vem sendo duramente criticado pela torcida e especialistas. Seu estilo turrão e ignorante já não se sustenta com conquistas, o que tornava a falta-de-educação o charme de seu trabalho. Sem Neymar, teria conquistado a América recentemente? Dúvida.  Alguma novidade tática? Sem dúvida: NÂO!




Felipão ganhou a Copa do Brasil ano passado e, ao mesmo tempo, rebaixou o Palmeiras. Um elenco limitado minou seu trabalho, é fato. Mas não é nessas horas que o técnico tem que sobressair? O alto custo desses medalhões deveria prever campanhas dignas com elencos menos qualificados. 




Agora a Família Scolari vestirá verde-e-amarelo, e, com discurso ufanista, tentará mostrar algo de novo com uma comissão técnica com ideias do século passado.




Felipão...Muricy...Abel Braga... Luxemburgo...



Brasil, 19º no ranking da FIFA.




Precisa explicar?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

CARTÃO DE VISITAS


Daqui a exatamente dez dias teremos o início do Campeonato Brasileiro. É o verdadeiro início, em nível nacional, da temporada de futebol no país do futebol.



Podemos considerar assim porque a Copa do Brasil ainda não colocou as equipes de elite frente a frente, e os campeonatos estaduais teimam em não se fazer respeitar pelo torcedor, afugentando-o cada vez mais do lugar onde ele adora estar: as arquibancadas dos estádios, hoje transformadas em cadeiras.



No domingo, 26, em Brasília, teremos um Santos X Flamengo, reabrindo o Estádio Mané Garrincha (desculpe, D. Fifa), diante de um público ávido pela visita dos times de fora do estado-distrito, biscoito fino servido a quem só tem como opção Sobradinho, Ceilândia, Gama e afins, com todo respeito ao futebol candango.




Uma carga de 69.200 ingressos será colocada à venda. Preços: entre R$ 160,00 e R$ 400,00. Isso mesmo, serão esses os preços disponíveis nas bilheterias do estádio.



O novo conceito de arena, na visão dos dirigentes que gerenciarão essas aparelhagens, impõe exorbitâncias como essas àqueles que, a partir de agora, pretendem acompanhar as campanhas de seus times nas cadeiras acolchoadas dos novos templos.




Os românticos do futebol, antigos frequentadores da geral do Maracanã, do tobogã do Pacaembu, da coreia do Beira-Rio, da precocemente detonada avalanche do Imortal do Olímpico, serão substituídos por senhores engravatados, que vibrarão com os gols de seus times através de sorrisos de canto de boca, entre canapés e bebidinhas nos camarotes.




A proteção das cadeiras de luxo auto-propulsoras das arquibancadas, dos sanitários com água quente movidos a controle remoto, das catracas digitais e a falta de alambrados entre o público e os atletas será feita através do processo de seleção natural do poder aquisitivo dos frequentadores.



Esse será o legado deixado pelos homens da FIFA e seu torneio caça-fortuna: transformar o futebol em esporte para poucos. Afastar de seu ambiente aqueles que o movem pela paixão, o torcedor que, ao longo do tempo, fez, com sua presença, a história dos gigantes do país.





Santos X Flamengo é o cartão de visitas dessa nova era. Despeçam-se, pois, dele, o nosso esporte maior. Ele já não nos pertence.




Infelizmente.