Bem vindos! Estamos abrindo mais esse canal com os amigos para debatermos assuntos relativos ao esporte mais popular do país.



Aproveitamos o espaço cedido pelo Lance! em sua página de interação com os leitores, e montamos um blog de esportes (Hexalegitimo), visando à troca de opiniões e o cultivo de amizades, objetivo comum a todos aqueles que procuram fazer do futebol veículo de confraternização.



Buscando atingir um extrato maior de amigos, colocamos à disposição essa página, desejando que as visitas possam se sentir à vontade para debater, opinar, discordar, criticar e colaborar com novas ideias, pois é esse o motivo que nos levou à confecção do blog.



Nossas opiniões também podem ser lidas no Blog do Kimura ( http://www.flablog.com.br ), todas as quartas-feiras, e, como dissemos, no Lanceactivo (www.lanceactivo.com.br/hexalegitimo) sempre que o tempo permite e as ideias fluem.



Estejam à vontade, aproveitem o espaço. Ele é seu. E não deixem de comentar os assuntos abordados. Precisamos de suas opiniões para melhorar e consolidar nossas ideias.



Obrigado.











quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CARRUAGEM VAI VIRAR ABÓBORA ?


 




Notícias veiculadas em alguns jornais cariocas fazem menção a certas ¨reuniões ¨noturnas de Ronaldinho Gaúcho e alguns jogadores do Flamengo, aproveitando as delícias da Cidade  Maravilhosa.Pelo que dizem, o bonde  está sem freio mais  fora do que dentro de campo.


 Tais notícias tomam proporções realistas à medida que analisamos certas atitudes da diretoria do clube, Luxemburgo à frente, nas últimas semanas.

Sentindo uma certa queda de rendimento de alguns jogadores, principalmente Ronaldinho, a estrela da companhia, Vanderlei instituiu um retiro forçado às vésperas do clássico com o Botafogo. A viagem para Atibaia teve, para consumo externo, caráter de recondicionamento do grupo e maior integração do elenco, visando à reta final da Taça Rio.



A realidade é que o técnico já havia detectado excessos de alguns integrantes do elenco Luxemburgo foi criado nesse meio, e tem como prática o ¨olho no olho ¨, principalmente nas manhãs de treinamento, onde pode detectar na fisionomia deles se descansaram convenientemente na noite anterior.  

 No retorno de Atibaia, o time venceu o  clássico e teve uma das melhores atuações no ano.A medida se tornara eficaz. Mas, ao dar folga de dois dias para o grupo, tivemos nova queda de rendimento e atuações  ridículas contra Macaé e Horizonte. exatamente no período em que pipocaram tais notícias.



   Ronaldinho Gaúcho é bem mais discreto que Adriano, por exemplo. As notas de jornal fazem menção a suas façanhas, mas não vemos nenhuma fotografia estampada para comprovar tais excessos. O que se veicula é que boates são fechadas, fotógrafos são afastados e portarias de hotel têm ordens expressas de blindar qualquer vazamento que comprometa a imagem do craque. 


 Sendo assim, nada se tem, de palpável, para dar veracidade a tais notas. A discrição do jogador coaduna com o mistério. Mas se Luxemburgo já começa a dar treinamentos pela manhã, é porque pretende, com essa atitude, encurtar os períodos noturnos do bonde.

 Um fato, no entanto, Ronaldinho não pode escamotear : seu rendimento em campo começa a decair. Suas atuações já dão margem a contestações e a vaia contra o Horizonte ligou o sinal de alerta.


 A Nação tem pavio curto, é passional, e de jogadores que vestem o Manto, ela só exige uma coisa : respeito à instituição. Dentro e fora de campo.


 driano foi perdoado várias vezes porque, formado no clube, tem sangue rubro-negro nas veias. Deu um campeonato ao time, mas teve que conviver com a censura dos mais lúcidos, antes e agora, quando esboçou um retorno. mas Ronaldinho não é Adriano.

 A Nação ainda espera por uma grande atuação do Dentuço, está tendo muita paciência e reconhece o esforço do atleta em campo. Mas se suas pernas não aguentarem o ritmo de seus passos de dança fora de campo, talvez essa paciência tenha prazo de validade.


A direção tem que começar a tomar atitudes mais enérgicas, pois o grupo está bastante coeso, unido e ciente de seus objetivos. Por enquanto. Algumas entrevistas já deixam escapar, nas entrelinhas, que as noites em claro têm influido no rendimento de certos atletas.


 Mudar horário de treino, estender a permanência  em outro estado para afastar alguns mais afoitos dos prazeres da noite são medidas que não atacam a causa, e, paliativas, só adiam os prováveis problemas que uma perda de título ou invencibilidade farão vir à tona. 



Medidas têm que ser tomadas logo, doa a quem doer. O projeto é muito ambicioso para que tais fatos se coloquem no caminho.



Agir logo, antes que a carruagem vire abóbora...

terça-feira, 12 de abril de 2011

SINDICATO DE JOGADORES, ONDE ESTÁS?

Extensa reportagem em um jornal esportivo do Rio, sob  título ¨DROGAS NO FUTEBOL ¨ expõe a situação do ex-jogador RÉGIS PITBULL, revelado pela Ponte Preta e com passagem por Vasco e Corinthians, entre outros clubes.

Régis sofre com a dependência ao crack, droga de efeito devastador no organismo, e atualmente está internado em uma clínica na cidade de Amparo ( SP ).


Após uma contusão no joelho, da qual não conseguia se recuperar,  o ex-jogador, já usuário de maconha, entrou em depressão, envolveu-se com falsos amigos e, descendo mais um degrau na escala toxicológica, rendeu-se ao crack.


  
Tal reportagem nos colocou a pensar, em plena manhã de domingo, já fragilizado emocionalmente pelos últimos acontecimentos em nossa cidade, sobre a situação de alguns ex-jogadores que sucumbem ao se afastar dos holofotes que brilham efemeramente sobre si enquanto aproveitam a fama, os ¨amigos¨ e o dinheiro que ela traz.



Régis é o exemplo mais recente de uma situação que, na maioria das vezes, não chega à mídia, porque os espaços dos cadernos esportivos têm que ser ocupados pelos que arrastam torcedores aos estádios nos dias de hoje, e são esses que vão associar sua imagem aos produtos que fazem girar a roda da fortuna do futebol.



Num passado distante, quer seja pela droga, quer pela miséria, Heleno de Freitas, depois Garrincha, Jorge Mendonça, Baltazar... em uma proporção menor, pois conseguiu se recuperar, Dinei... eles eram o Régis de antes. Hoje, infelizmente, temos diante dos olhos Valdiran, Jobson...




Gilmar Rinaldi, ao perder o controle e o contrato de Adriano, tocou na ferida: O Imperador está doente...



Impressionante como os problemas se sucedem através dos anos e ninguém se mobiliza.Os atletas têm seus sindicatos em alguns estados, mas os anos passam e não vemos nenhuma intervenção desses diretores classistas em favor de alguma medida que apoie ou trate desses casos.




 Os clubes, maiores beneficiários do talento desses jogadores, inexplicavelmente se colocam à margem dessa situação e sequer percebem quando o jogador apresenta comportamento fora do normal, deixando de acompanhar os desvios de conduta ou atribuindo tais distúrbios a simples indisciplinas. Com isso , deixam de zelar pelo seu patrimônio.


Será que Jobson, o exemplo mais recente de talento jogado na lata de lixo, se tratado como doente que é, estaria nessa situação ? Adriano, ao perder o pai, se tivesse um psicólogo que diagnosticasse corretamente suas fugas da realidade, teria perdido o prestígio a ponto de ser desprezado em seu país ?


São perguntas que se devem fazer para aprofundar o debate. Alguns jogadores se cotizam para um jogo em benefício da família de Régis. Muito bonito, mas paliativo que não ataca a causa e não resolve o efeito.



Quando é que  jogador de futebol vai passar a ser tratado como gente de carne e osso, com problemas, dores psicológicas, angústias, depressões... Quando a fisiologia vai trabalhar em conjunto com a psicologia nos clubes ? E os Sindicatos, que permitem jogos em horários fora do comum e não fiscalizam os departamentos médicos dos clubes, exigindo acompanhamentos citados acima ?



  
Será que vão deixar acontecer o jogo em prol das famílias de Jobson, Valdiram e Adriano ?
Até quando ?


 

domingo, 3 de abril de 2011

VEM AÍ MAIS UM CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA

Deu no LANCE! : CBF cogita fazer uma Liga, criando um novo Campeonato Nacional, paralelo ao Brasileiro. Esse torneio teria dezesseis clubes, os quinze fechados com a Globo e mais um convidado.




Esse novo campeonato não teria rebaixamento e seria transmitido pela  emissora oficial da CBF, claro, a Globo. Se o Clube dos Treze aceitar as transmissões da Nave-Mãe, a Liga substitui o campeonato atual, com  novas regras.




 Eis aí, pois, descoberta a  verdadeira  pretensão da TV Globo e seu sócio, Ricardo Teixeira : fazer o campeonato dos sonhos da emissora, sem rebaixamento, sem pontos corridos e com a volta do famigerado mata-mata que, na concepção mercantilista da tv, dá mais audiência.




Seria esse o melhor modelo para o nosso futebol ? Não seria um retrocesso, uma vez que já está provado que o sistema atual, ao longo do campeonato premia a equipe mais regular,portanto a melhor dentre todas as outras ?




Dentro das regras  do esporte,sim. O mundo todo adota o sistema de pontos corridos e, a partir de 2003, nosso futebol obteve a  tão perseguida credibilidade ao usar esse sistema. Com isso , conseguiu atrair patrocinadores que lhes dão respaldo financeiro para repatriar os grandes jogadores.




Mas a Globo não está interessada no fortalecimento dos clubes. Para ela, quanto mais pobres, sem poder de barganha, mais fácil sobrepujá-los. Ela não se satisfaz em comprar o produto FUTEBOL, ela quer ser DONA dele. E para isso conta com as cumplicidade do manda-chuva da CBF, o cara que deveria zelar pela saúde financeira dos filiados, mas trama o tempo todo pela derrocada deles, para desvalorizar aquilo que sua sócia quer de mão beijada.




A Globo pensa a longo prazo. Sua estratégia visa a um só objetivo :  ter total controle sobre horários, que já tem, e regras. Vamos ver o dia em que ela vai definir o formato dos campeonatos, como faz com as novelas e toda a programação. Futebol, para seus administradores, é um programa como outro qualquer, um veículo para alavancar a audiência. Só isso.




Nossos dirigentes estão perdendo a grande oportunidade de confrontar tal objetivo. As demais emissoras também  já vislumbraram o pote de ouro no fim do arco-íris, mas aqueles que devem usufruir dele ainda não se deram conta do momento promissor para assumir a rédea de produto tão valioso. Preferem se digladiar numa briga de egos, perdendo a unidade de objetivos tão propalada, mas nunca colocada em prática.




Comecemos a nos acostumar com aquilo que a verdadeira dona do futebol brasileiro se dispuser a fazer. A incompetência de nossos dirigentes está nos levando a isso. Pobres de nós... e do nosso futebol.