Santos e Corinthians disputam no próximo dia 13
uma das semifinais da Copa Libertadores da América.
Sonho de consumo de todos os clubes brasileiros,
é o único caminho para a disputa do título mundial, em dezembro, no Japão,
janela aberta para a entrada de prestígio internacional, através da divulgação
do nome do clube e, principalmente, verbas, publicitárias e de participação nas
partidas do torneio.
Verbas. Dinheiro. Receita. Seja qual for a
palavra empregada, é esse o objetivo dos clubes, apesar de não serem, como
deviam, empresas : LUCRO, para investimento em estrutura e reforços.
E jogar uma semifinal já contribui bastante para
a captação de GRANA. Afinal, um jogo de tanto apelo, entre dois gigantes do
futebol brasileiro, desperta interesse até de torcedores dos coirmãos, e é
certeza de recorde de público, certo?
ERRADO! O jogo de maior estimativa de renda do
ano não vai, efetivamente, bater tal recorde simplesmente porque os clubes NÃO
VÃO utilizar o estádio de maior capacidade de público da cidade. Sim, o Morumbi
está descartado para esses jogos.
O primeiro jogo será realizado na Vila Belmiro,
com capacidade para aproximadamente 19.000 pagantes , enquanto o segundo, mando
de campo do Corinthians, será no Pacaembu, de prsumíveis 35.000 pagantes.
Arredondando, termos, nos dois jogos, 55.000 torcedores assistindo ao
clássico.
No Morumbi, somente o primeiro jogo abrigaria
70.000 torcedores. Por baixo. Resumindo : em termos de arrecadação, ambos
perderão MAIS DA METADE da renda prevista. Jogarão duas partidas, terão duas
despesas e só arrecadarão o equivalente a UM confronto.
Justificativas à parte, picuinhas, rivalidade,
fator-campo ( da parte do Santos o maior equívoco, pois o estilo de jogo
corintiano se adapta melhor ao gramado da Vila Belmiro, de menor dimensão), nada
explica o fato de abrirem mão de tamanha receita. NADA.
Fica patente aí uma certa vaidade dos dirigentes.
Um sentimento que não aufere lucros. E, na situação atual, abrir mão de receita,
qualquer uma, é jogar contra o patrimônio. É corroborar com a visão estreita dos
pretensos executivos que dirigem nosso futebol. Pobre futebol.
Futebol profissional...