Só existe uma fórmula para emagrecer : gastar
mais calorias que consumi-las. Simples.
O
orçamento doméstico requer um controle também simples, para evitar dívidas. Não
fazer despesas maiores que o salário.
Atitudes que traçam a linha imaginária do limite
entre o sucesso e o fracasso dessas empreitadas distintas: manter o orçamento
doméstico e o corpo em perfeita harmonia.
Atitude idêntica tomou a diretoria atual do
Flamengo em relação ao caso Vagner Love.
Aparentemente paradoxal, em tempos de busca
incessante por reforços, ao mesmo tempo em que anuncia Elias e outras
contratações para fortalecer o grupo, abre mão de seu artilheiro, ídolo e
jogador mais emblemático.
Como? Liberar seu melhor jogador? Tem outro
substituto?
Não. Mas não se vê em condições de arcar com a
dívida contraída e não cumprida pela diretoria anterior, herança maldita da
passagem da patricinha-sem-noção pela cadeira de mandatária do clube.
Quando a Traffic abandonou o barco da furada
chamada Ronaldinho Gaúcho, a então presidente , pensando como torcedora,
assumiu irresponsavelmente o pagamento integral dos salários do jogador. Até
então, as despesas do clube da Gávea estavam rigorosamente em dia, e notíicias
de atrasos não constavam nas linhas escritas pela imprensa esportiva sobre o
Rubro-Negro.
Sem assessoria , sem experiência e sem o mínimo
conhecimento de operações matemáticas elementares, como somar e
diminuir, Patricia Amorim arrebentou com a finanças do clube, destruindo todo o
planejamento financeiro, até então levado a sério.
Hoje a nova diretoria, composta de profissionais
afeitos à matemática financeira, mede cada passo antes de tomar qualquer atitude
em relação a gastos, sem abrir mão de elevar o elenco profissional de futebol a
patamares dignos de suas tradições.
Sem pirotecnia, sem jogar para a galera, sem
promessas, agindo em segredo e deixando de expor o clube como no passado
recente, em que contratações eram anunciadas e não concretizadas.
Vagner Love se tornou inviável por culpa
de dívidas acumuladas pela diretoria anterior. Na matemática da diretoria atual
geraria passivo que atrapalharia outras operações financeiras e poria em risco a
política de equilíbrio nas contas . Melhor abrir mão do jogador. Como deveria
ter sido feito no caso do Dentuço. Evitaria esse iminente prejuízo cobrado na
Justiça pelo antigo ¨ídolo¨ . Simples assim.
Uma perda doída, mas necessária. Presidir um
clube de futebol requer profissionalismo e, sobretudo, frieza racional para
abrir mão de um ídolo. Lugar de agir com o coração é na arquibancada.
Ponto para a diretoria. Vida que
segue.