Bem vindos! Estamos abrindo mais esse canal com os amigos para debatermos assuntos relativos ao esporte mais popular do país.



Aproveitamos o espaço cedido pelo Lance! em sua página de interação com os leitores, e montamos um blog de esportes (Hexalegitimo), visando à troca de opiniões e o cultivo de amizades, objetivo comum a todos aqueles que procuram fazer do futebol veículo de confraternização.



Buscando atingir um extrato maior de amigos, colocamos à disposição essa página, desejando que as visitas possam se sentir à vontade para debater, opinar, discordar, criticar e colaborar com novas ideias, pois é esse o motivo que nos levou à confecção do blog.



Nossas opiniões também podem ser lidas no Blog do Kimura ( http://www.flablog.com.br ), todas as quartas-feiras, e, como dissemos, no Lanceactivo (www.lanceactivo.com.br/hexalegitimo) sempre que o tempo permite e as ideias fluem.



Estejam à vontade, aproveitem o espaço. Ele é seu. E não deixem de comentar os assuntos abordados. Precisamos de suas opiniões para melhorar e consolidar nossas ideias.



Obrigado.











quinta-feira, 31 de maio de 2012

O TRISTE FIM DE UMA ILUSÃO

Acabou...
Os sites esportivos divulgam que Ronaldo Gaúcho, o camisa 10 do Flamengo, entrou na Justiça, cobrando dívidas do clube rubro-negro, ficando, assim , desimpedido para aceitar qualquer proposta de outro clube.
Coube ao jogador pôr fim a uma relação completamente desgastada, que se arrastou durante dois anos, sem que ele justificasse o alto salário, e sem que a presidente (sic) Patricia Amorim fizesse valer sua autoridade para que o jogador se enquadrasse em normas mínimas de profissionalismo.
O Flamengo comprou uma marca, e , baseado nessa aquisição, planejava alavancar seu departamento de marketing, visando auferir lucros com a venda da imagem do atleta. O jogador Ronaldo, já se sabia, há muito não merecia investimentos, pois sua performance dentro de campo nem de longe se aproximava do que fora um dia.
Esqueceram-se os investidores que uma marca se faz com credibilidade, acima de tudo. No caso de um atleta de ponta , tal credibilidade advém de seus resultados. E seu comportamento fora do seu local de trabalho. Maurren Maggi, Cielo, Neymar, estão aí para comprovar a tese. Imagem é tudo.
E como ¨vender¨ a marca Ronaldinho, se o desempenho nunca passou do mediano e a imagem teimava em ser auto-arranhada com postura diametralmente oposta a todos os compêndios de propaganda e marketing publicados e/ou colocados em prática ?
Um clube da grandeza do Flamengo, uma marca com a força que tem o rubro-negro ficou simplesmente quase dois anos sem um patrocinador master na camisa , pois seu ¨carro-chefe¨, o craque maior, não despertou interesse de investidores, temerosos em atrelar suas empresas a um produto que se auto-destruía a cada aparição pública ou atuação patética dentro de campo, como jogador de futebol.




Sem patrocínio, sem dinheiro , sem condições de cumprir os pesados compromissos financeiros com aquele que deveria, através de seu desempenho, captar tais recursos. Uma equação simples de montar, mas complexa ao extremo de se colocar em prática.
Vai-se Ronaldo Gaúcho, chegam as dívidas cobradas na Justiça pelo jogador.
O fim da relação partiu dele, Ronaldo, que cobra o que acha que merece receber. A diretoria, incompetente até para formalizar esse fim, agora tem que provar que os valores são absurdos ( mais de 40 milhões de indenização) e começar exaustiva pendenga judicial, que, mais uma vez, deve sangrar os já combalidos cofres da institução.
Termina assim, melancolicamente, a passagem do atleta pela Gávea. Sem saudades, sem lembranças significativas, sem lamentos, até com alívio de grande parte da Nação.
Que fique a lição. Nada, nem ninguém deve ser colocado acima do clube, da grandeza e da História que a instituição construiu ao longo dos anos, com títulos, derrotas, conquistas, alegrias, tristezas, lágrimas, suor, entrega. Nada é maior que o Clube de Regatas do Flamengo, como essa diretoria imaginou durante a permanência desse jogador no clube.
Nessa estória toda, só houve um perdedor. O Clube de Regatas Flamengo.
Que fique a lição.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ÉPICO

Uma quarta-feira inesquecível para os amantes do futebol. Duas partidas envolvendo três times brasileiros e o maior dos clubes argentinos. Aposta certa em uma noite de grandes emoções.






Emoções que nem a mente maquiavélica do mais sádico dos vilões poderia conceber. Um final épico para os duelos do Rio e São Paulo, com requintes de crueldade para os gigantes que ficaram pelo caminho.






Dois jogos, duas estórias com final idêntico, mas desenrolar diferente nos entremeios do embate.







No Rio, o Fluminense foi castigado por não demonstrar força suficiente para impor um ritmo de jogo mais forte, de pressão sobre o adversário. Jogou preocupado com um possível contra-ataque, que lhe deixaria distante do sonho. Dominou, teve mais posse de bola, encostou o oponente nas cordas, mas o golpe fatal não veio. Faltou encaixá-lo para levar o valente Boca à lona.






Levou o contragolpe ao soar do gongo, e caiu, zonzo, atordoado, sem tempo para reagir. Só restou a dignidade de ter lutado até o limite de suas forças. O fator campo não foi suficiente para seguir em frente.







Em São Paulo, um duelo de titãs, jogo em que as regras deveriam ser postas de lado, para permitir que ambos saíssem de campo classificados, abraçados. Um jogo para ficar na História.







Luta, suor, entrega, rispidez, virilidade, emoção, tudo misturado dentro de um caldeirão pulsante, no limite da insanidade.






Um Vasco valente, encarando com coragem um Corinthians empurrado por loucos apaixonados, combustível que faz de um time sem craques uma constelação a serviço da emoção de um povo.







Sobrou no Pacaembu o que faltou no Engenhão : a torcida jogar junto. Jogar e levar à vitória um time que teve contra si um Juninho contagiante, correndo e se multiplicando em todas as posições. Uma zaga quase intransponível , com Rodolfo voltando a ser Rodolfo . E Rômulo sendo o melhor Rômulo que o Vasco já teve.






Mas o adversário era o time de Paulinho e Ralf, incansáveis dínamos a fornecer energia ao setor que devia ser pensante, mas tem Alex e Danilo exercendo sua função operária, guardando seus virtuosismos dentro do meião.






Um time que tem o segredo da defesa no ataque. Emerson e Jorge Henrique não dão trégua aos alas adversários, forçando o afunilamento do jogo contrário. E esses batem de frente com os volantes-armadores-atacantes.






Corinthias e Boca seguem adiante, mas Vasco e Fluminese não ficaram pelo caminho, simplesmente. Pelo que fizeram, e a reação de seus torcedores constata isso, somente adiaram a caminhada por alguns meses.







Os amantes do futebol agradecem a esses times, e essas torcidas, pela noite que eles nos proporcionaram.







Obrigado.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

TURMA DA PRAIA TIRA ONDA NA LARGADA DO CAMPEONATO

Espremida entre as fases decisivas da Libertadores e da Copa do Brasil , em uma programação digna de cartola brasileiro ( qual outro dirigente do mundo teria ideia tão brilhante ?), o Campeonato Brasileiro teve sua primeira rodada jogada nesse fim-de-semana.






E com se saiu a ¨turma da praia¨ nesse início de competição? Vejamos :






BUROCRATAS DA BOLA


Jogando em Recife, o ¨ time do Welington ¨ não saiu de um sofrível empate contra o outrora imbatível Sport, hoje um time limitado e que tem Thiaguinho (aquele ex-lateral do Botafogo e Fluminense ) como homem de criação.

As férias entre o fim do Carioca e o início do Brasileiro parecem não ter surtido nenhum efeito sobre o elenco do Flamengo. O jogo mostrou um time apático, desinteressado, sem vibração, e com o mesmissimo problema dos últimos dois anos : joga com um a menos. O descompromisso do estelionatário R10 parece contagiar os outros jogadores. Sem comando dentro e fora de campo, o time permanece à deriva. As nuvens negras teimam em pairar sobre a Gávea.






SALVE XERÉM , TERRA DE ZECA E BERÇO DE CRAQUES.


Reserva contra mistão, o jogo no Pacaembu mostrou que o Flu tem muitos garotos que podem suprir as necessidades do time titular, quando houver necessidade. Três pontos preciosos para os cariocas e uma derrota que vai ser lembrada em novembro, quando o time de Tite precisar de pontos para a disputa do título. A conferir.






CAPITAL DE GIRO BEM APLICADO


Primeiro os reservas entram em campo e, dependendo da produtividade , os titulares, como poupança guardada em banco, assumem a ¨bronca¨ e vão cumprir a missão determinada pelo seu técnico. Assim o Vasco vai acumulando vitórias e pontos que o colocam como postulante a qualquer título que dispute. Não se iludam : sob a postura de monje budista Cristóvão Borges demonstra saber muito desse negócio chamado futebol.






UMA TORCIDA SEM DIREITO A RECLAMAÇÃO



Diante de um público menor que o da Ponte Preta em Campinas, em plena estreia do time no campeonato, o Botafogo triturou o São Paulo, aquele clube que tem elenco mas não tem time. Herrera, o artilheiro sem música, alegrou o silencioso Engenhão, estádio onde Leão podia rugir, mas Oswaldo foi proibido até de falar ( atitude estranha do juizinho preferido dos ¨homi¨, hem...). Aguardemos as próximas rodadas, pois a Estrela costuma ficar solitária nas dez últimas do campeonato. Curiosidade : cadê a gandula ?





Pois é, essa foi a performance da turma do quiosque na largada do Brasileirão. Até o final, muita água vai rolar, mas esse início parece promissor para que os cariocas recuperem a hegemonia do futebol no Brasil, atualmente em poder dos ¨mano da chuva fininha¨.



Aguardemos, pois o rolar da pelota nas próximas rodadas. Com muita emoção. Na paz. Que assim seja. Amém.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

COLÍRIOS ... GÊNIOS .




Campeonatos acabando , decisões por todo o Brasil , futebol à vontade na tv , uma profusão de jogadores , dos mais diversos níveis , se apresentando aos nossos olhos .




Mas dois deles , dentre todos , comprovam , a cada rodada , que são extra-classe , ¨sobram na turma ¨, como se diz no futebolês .


 


Desfilam , cada um no seu estilo , um repertório de jogadas que nos paralisam e faz esquecer todas as mazelas desse sofrido e tão castigado esporte bretão .




Um joga de fraque e cartola , e , como se maestro fosse , regendo um naipe de cordas numa sinfonia delicada .




Outro , se músico , seria diretor de bateria , puxando freneticamente a cadência dos repiques de mão .





No samba , um seria Zeca Pagodinho , na levada da vida . Outro , Paulinho da Viola , a elegância em forma de gente. Gênero musical : um , funk , outro , samba-canção .





Na passarela do samba , mestre-sala um , com a coreografia dos pássaros a rodopiar diante da musa . Outro , o passista , frenético , agitado .




Se fenômenos meteorológicos , um seria a garoa , fina , calma , leve . O outro , tempestade , com raios e trovões .





Cantoras ? Ana Carolina , voz suave , repertório rebuscado , em contraponto ao outro , Mart´Nalia , samba rasgado , molejo e requebrado .



Biscoito fino e acarajé . Gostos diferentes , opostos , mas apreciados com igual apetite .




Um , o virtuose , o passe mágico , o toque na bola de um jeito tão delicado que o encontro dos pés com o objeto nem emite som . E ela , dócil , viaja como a pomba , delicada , rumo ao objetivo , milimetricamente colocada entre o companheiro e a rede .




O outro , num átimo , torna-se invisível aos zagueiros , passando entre eles como se lá não estivesse , se materializando como bola na rede .






Não sei em que time jogam , pois , hipnotizados com o que fazem , não tiro os olhos de seus pés . Não vejo quais camisas vestem . Deveriam ser patrimônios de todas as torcidas .




Um é Deco . Outro é Neymar .



Colírios ... Gênios .