O primeiro
clássico do Campeonato Carioca teve SETE mil fanáticos pagando ingresso, apesar
de um domingo nublado, portanto sem a concorrência da praia.
Após mais um
fiasco de presença de público, a FERJ resolveu agir, e liberou a cobrança de
preço mínimo para os jogos de grandes contra os pequenos: vinte reais. Passou,
portanto, a responsabilidade para os dirigentes.
Não sabia que o
descalabro de cobrar QUARENTA reais nos insignificantes confrontos fosse acordo
entre os presidentes dos quatro grandes. Para mim, era ideia luminosa de Rubens
Lopes e seus asseclas.
A diminuição dos
preços seria medida acertada, na tentativa de trazer o torcedor de volta aos
estádios. Aliás, a primeira e principal medida. As três primeiras rodadas já
demonstraram que o público não aceita pagar essa fábula (em relação ao produto
que é oferecido) para assistir bêbado sendo empurrado ladeira abaixo. Mas não
seria a única.
Diminuir também
o preço nos clássicos ( que tal trinta reais ?) traria um tempero a mais aos
jogos. Arquibancadas cheias incentivam o interesse pelo campeonato. Os ¨da
poltrona ¨ se sentiriam tentados a acompanhar seu time junto às organizadas.
Público grande atrai mais torcida, creiam.
Agora a palavra
está com os dirigentes dos clubes mais tradicionais. Eles decidem se ainda dão o
devido valor àqueles a quem deveriam oferecer o espetáculo: o público.
Decidem se
querem de volta a atmosfera de casa cheia, estádios coloridos, jogos mais
emocionantes, campeonato mais interessante.
Decidem se ainda
querem fazer da venda de ingressos mais uma receita para os combalidos cofres de
suas instituções. Ou se querem continuar dependendo unica e exclusivamente das
cotas de tv e patrocinadores.
Rubens Lopes
tirou o dele da reta. E deixou a decisão nas mãos dos nossos cartolas.
Vocês decidem,
presidentes.