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quinta-feira, 16 de junho de 2011

O QUE HÁ NA CAIXA DE PANDORA DO FLAMENGO ? O TIME NÃO JOGA. QUAL O SEGREDO ?

Chegamos à quarta rodada do Campeonato Brasileiro. E no último domingo, mais uma vez, a torcida rubro-negra foi dormir com um misto de indignação e preocupação tomando conta do seu espírito.


Mais um jogo, mais pontos desperdiçados e, mais uma vez, uma atuação abaixo da média.

 Um empate em Curitiba, contra o Atlético Paranaense, em condições normais, seria digno de satisfação e o ponto somado poderia ser computado como ganho. Mas, na atual circunstância, foram dois pontos novamente jogados na lata de lixo.



Estamos sem saber ainda o que está acontecendo com o time. Não se trata aqui de elogiar quando ganha e execrar quando perde, deixando o fanatismo sobrepujar  a razão. Mas, mesmo ganhando, na maioria das vezes o time deixa a desejar, cumprindo performances que não entusiasmam.


  As atuações beiram o ridículo em quase todos os jogos, deixando insatisfeita a Nação, e com a pulga atrás da orelha. Para um time que traçou como meta o título, um rendimento de 50%  de pontos conquistados só credencia a equipe a lutar contra o rebaixamento, zona tão conhecida nos últimos anos, à exceção de 2009.




Nesse domingo, mais uma vez o sentimento foi  a agonia de ver uma defesa que produz verdadeiras cenas de comédia pastelão, com chutes desnecessários a esmo e uma quase dramática inaptidão à bola  aérea adversária. O último lance do jogo definiu bem a situação. Um zagueiro de poucos recursos, com uma contusão na cabeça, subiu mais do que nossos ¨postes ¨ e, se não fosse o terço de Felipe, estaríamos contabilizando  mais uma derrota na freguesia humilhante para os times curitibanos na capital paranaense.


É quase um mistério o que acontece com a equipe. Um elenco com jogadores acima da média, como Thiago Neves e Ronaldinho outros com comprovada capacidade, como Botinelli, Renato Abreu, Léo Moura e Junior  Cesar, alguns rendendo a ponto de chamar a atenção do técnico da seleção, como Willians, se juntam em torno de um esquema e não conseguem rendimento suficiente para praticar um futebol, se não brilhante, pelo menos efetivo ? 



Como descobrir a chave para abrir essa ¨caixa de Pandora¨ do time rubro-negro ? Já são mais de seis meses jogando, apenas uma derrota, um título carioca e, pasmem, nenhum padrão de jogo.



O problema será o técnico ? Será que em outras mãos, com outra filosofia, o time pode começar a praticar um futebol mais vistoso, mais eficiente, mais prático, mais produtivo ? 


Mas, trocar  o comando técnico do time ( e a hora seria essa, no início do campeonato ) seria abrir mão de projetos estruturais em andamento. A presença de Vanderlei Luxemburgo na Gávea está atrelada à construção do CT, cujas obras têm na sua presença à frente dos trabalhos  um  orientador importante, à programação de aproveitamento dos meninos da base, a um cronograma voltado a uma organização profissional do futebol. Valeria a pena abrir mão desse trunfo, tão envolvido em atividades  periféricas que contribuem para o sucesso de uma equipe ? 


Estaria , porém, Luxemburgo tirando o máximo do elenco rubro-negro ? Seria ele o homem ideal para fazer esse time jogar, mostrar um  rendimento compatível com o que temos em mãos hoje na Gávea ? 


Um elenco que não fica a dever em valores individuais aos líderes atuais do campeonato, equiparado aos mais fortes da competição, um dos favoritos ao título, com pretensões ambiciosas na temporada, um dos que mais investiram na busca dos objetivos, pode dar tão pouco em retorno para a torcida e diretoria ?


Pode o Flamengo atual treinar seis dias na semana, em tempo integral, e ficar dependente do individualismo de suas principais peças ? Não pode não, Luxa. Um time de futebol tem que colocar as excepcionalidades  de seus principais jogadores a serviço do esquema tático. E quando anulados esses jogadores, como no domingo, tem que prevalecer o esquema. Tem um time lá na Espanha que está ensinando isso ao mundo.



Não devemos sentar em cima da falta de reforços para a defesa e ataque e  transformar isso em desculpa para não conseguir ganhar jogos contra Bahia e o lanterna Atlético-PR. Já se vão quatro pontos irrecuperáveis na conta da obviedade do padrão de jogo do time.


Ou a reação vem logo ou vamos reeditar aquele time de 1995, cheio de estrelas e vazio de ambição. A hora é agora. O Flamengo tem que definir quais são as suas pretensões no campeonato. Uma derrota domingo já nos leva à tão conhecida zona  de rebaixamento. Desperdiçar tantos pontos não nos credencia a lutar por posição de destaque na tabela.




Abre logo essa ¨caixa¨, Luxemburgo! Se não, o empacotado vai ser você. O Flamengo não pode cumprir campanha tão medíocre. Os reforços e o esforço da diretoria não vislumbram tal possibilidade.