Para Vasco e Fluminense o Brasileirão ão ainda não acabou. Pateticamente, assumem atitude de uma era que já havia sido esquecida pelos desportistas brasileiros.
Muitos torcedores jovens nunca tinham ouvido ou lido o termo ¨TAPETÃO ¨ dentro do ambiente do futebol.
É reflexo do triste futebol carioca. Simplesmente a metade dos times grandes do estado jogarão a segunda divisão no próximo ano. Uma tragédia anunciada através de anos de administrações caóticas.
Tivemos e temos de tudo sob os braços do Cristo Redentor. Se ele pudesse
cobriria os olhos para não ver tanta incompetência.
Exemplo? Em janeiro teremos a abertura da temporada. Podem anotar: após o início do Campeonato Carioca começará a interdição de estádios por falta de alvará de funcionamento. Todo ano é assim. Tem explicação?
O presidente da FERJ já descobriu o motivo da queda de dois gigantes cariocas. Atuação dos árbitros para prejudicar os clubes. Pode?
O futebol carioca é o único do país, talvez do mundo, em que um dos clubes tem sistema parlamentarista de administração. O presidente beija-mão se submete aos desejos e caprichos da patrocinadora. Ele não tem a chave do cofre... Coincidência seu rebaixamento?
Outro, amarga o segundo rebaixamento em cinco anos, sob o comando de um dos maiores ídolos. O primeiro vexame não foi suficiente para receber choque de realidade. Parece que péssimos negócios (negociatas?) é a sua especialidade. E a primeira medida para o próximo ano já foi providenciada. O departamento de marketing já trabalha para implementar ações de incentivo para motivar a torcida. Deve ser porque o sofrimento não pode parar. Risível.
O Flamengo, campeão da Copa do Brasil, um feito altamente improvável, continua sua disciplinada empreitada de austeridade, buscando sanear a situação caótica de caixa. Salvou-se do rebaixamento nas últimas rodadas, mas conseguiu um título nacional, mais na força da torcida que na qualidade do elenco. Pelo menos conservou os pés no chão.
O Botafogo chegou em quarto lugar e ainda não viu seu ano terminar. Falta secar a Ponte para confirmar a vaga na Libertadores. Sofreu pelo erros dos outros, ao ficar sem estádio, e pelos seus próprios, ao desmantelar um time que tinha tudo para brigar pelo título. Sem estádio, sem receitas do patrocinador. Faltou grana. Mas seu presidente é o mais lúcido e o que pode mostrar o caminho para implementar o choque de gestão necessário.
Humildade. Palavra-chave para tentar reerguer o futebol no estado. Buscar em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul o exemplo necessário ao sucesso das administrações nos clubes.
Ct´s, estádios,negociação mais profissional com tvs e patrocinadores, programas de sócio-torcedor que catapultem as adesões. Intercâmbio com aqueles que conseguem gerir as receitas com o mínimo de competência. Buscar nesses estados a mão-de-obra necessária à reação.
União. É preciso a ação conjunta para viver uma nova realidade. O momento é péssimo. Tão ruim, que já se pode ver a sombra de dirigentes retrógrados, completamente ultrapassados, amantes do tapetão,botando as manguinhas de fora e posando de salvador-da-pátria. Tem cheiro de charuto vagabundo no ar.
É hora de rever conceitos, de buscar objetivos de maneira conjunta. O futebol carioca se encontra enfraquecido sem seus quatro gigantes na Primeira Divisão. Imagine: são oito clássicos a menos em 2014. Duas viagens a mais de cada time. Perda de receita, maior despesa.Prejuízo total.
A hora é agora. O Cristo Redentor está triste e envergonhado.
ACORDA, FUTEBOL CARIOCA!