Na última quarta-feira o Corinthians estreou na Libertadores enfrentando o Once Caldas e, de uma renda bruta (bruta!) de quase 2,5 milhões de reais, teve que deixar 15% (!!!!) para Conmebol, a organizadora do torneio, e a Federação Paulista de Futebol: 10% para a primeira ( 243,7 mil reais), e 5% ( 121,8 mil) para a segunda.
A Conmebol, como maior autoridade jurídica do futebol sulamericano, responsável por taxas e despesas referentes aos jogos, faz jus a verbas oriundas das partidas pelas quais é responsável e detentora dos direitos, estando nós de acordo ou não com as porcentagens cobradas.
Mas, e nossa digníssima, honrada, ilibada e correta federação de São Paulo? De onde ela tira respaldo para, em um jogo de uma competição sulamericana, abocanhar 5% do bruto de uma renda de jogo disputado em estádio particular? Repito: PARTICULAR.
Atravessemos a Dutra:
Quarta-feira, Flamengo X Barra Mansa, Maraca, 22h, com o Flamengo exercendo seu direito de mandante do campo, portanto, regra universal, com direito à maior parte da renda caso vencesse o jogo. Não teve direito a opinar sobre a totalidade de ingressos colocados à venda, e ainda ¨ engoliu ¨ a ideia de ver os primeiros mil ingressos negociados a preço promocional ( 10,00. Quem paga essa ¨cortesia ¨ ?)
Surreal? Calma...
A renda, de 333.100,00, ( 12.933 pagantes) não chegou a dar prejuízo. O Flamengo, mandante e vencedor, abocanhou 7.649,60, o Barra Mansa, estreante no Campeonato Carioca, 10.297,72, e a FERJ, federação local, 31.856,00.
Perceberam? Maior quinhão: FERJ. E pasmem, o Barra Mansa, visitante e derrotado, recebeu MAIS que o Flamengo. Devem ter dividido pela proporcionalidade da torcida presente ao estádio. Só pode.
A realidade do futebol brasileIro é uma só: enquanto Euricos, Rubens, Marins e Del Neros continuarem nos proporcionando essa ¨pérolas ¨, não haverá LRF do esporte que resolva. Essa é a real...