Sinceramente, como ávido leitor e telespectador de notícias esportivas diariamente, não lembro de ter, até hoje, visto ou ouvido qualquer comentário desse teor em relação ao técnico.
Desde a época do Fluminense, Cristóvão Borges vem sendo criticado por montar bons times e se perder quando necessita fazer alterações durante os jogos.
O Flamengo melhorou sob sua direção. Já é um time com padrão de jogo, peças bem posicionadas em campo e que já mostra evolução no jogo coletivo. Tem agradado à crítica especializada.
Mas nos últimos dois jogos, contra Santos e Ponte Preta, seus defeitos ficaram evidenciados. E suas entrevistas pós-jogo, em vez de esclarecerem as atitudes tomadas, corroboraram para confirmar suas fraquezas.
Contra o Santos, após um primeiro tempo excelente, colocando dois gols de vantagem, o time foi simplesmente engolido pelo adversário na etapa final, cedendo o empate e jogando no lixo dois pontos, diante de mais de sessenta mil pessoas. Explicação de Cristóvão : demoramos a perceber a
modificação no meio-campo do adversário.
Demoramos quem, cara-pálida? Quem ganha 250 mil para perceber essas coisas é você. Quem está à beira de campo para neutralizar as mexidas do oponente é você.
A saída de Alan Patrick não foi por opção do técnico, como ficou comprovado depois. O jogador sentiu cansaço e pediu substituição.
Mas não foi o caso contra a Ponte Preta. Novamente um primeiro tempo animador, volume de jogo, pressão na saída de bola do adversário, chances de gol, bolas na trave... O gol era iminente.
Na volta do intervalo, o time retorna sem Alan Patrick, um dos destaques da etapa inicial. Em seu lugar, um volante... Entenderam? Explicação: opção tática. Como?????
O time cai de produção, cria menos ( nove oportunidades no primeiro tempo, cinco no segundo) e perde o jogo por um lance fortuito de bola parada. Mais três pontos no lixo. E Cristóvão diz que o time melhorou...
Se Van Gaal, holandês, nórdico, louro de olhos azuis, dissesse que demorou a entender a mexida tática do adversário, cedesse a vantagem de dois pontos em casa, diante da torcida. Ou substituísse o articulador e melhor em campo na etapa inicial de um jogo que dominava e em seu lugar retornasse com um volante de contenção... E explicasse que a substituição não tinha como objetivo criar mais(!!!!), seria criticado do mesmo jeito, Cristóvão.
Se o time de Van Gaal rendesse somente na primeira etapa e caísse de produção por substituições mal feitas, também seria criticado...
Creditar as críticas que estão sendo feitas à cor da sua pele é desviar o foco. Desculpe, o problema
não é de pigmentação. Está havendo aí um erro de avaliação de sua parte. Erro grave.
As críticas são constantes porque os erros também são. E se agravam por um motivo até elogiável:
o time joga bem até a necessidade de neutralizar uma mexida do adversário ou troca no time para melhorar o rendimento.
Desculpe, Cristóvão, o problema está dentro das quatro linhas, no tabuleiro verde.
Não é discriminação.
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